O concelho de Alijó pertence ao distrito de Vila Real, delimitado geograficamente pelos rios Douro, Tua, Tinhela e Pinhão e apresentando uma área de cerca de 300 quilómetros quadrados.
No início do século XII D. Sancho II manda povoar Alijó, região até então votada ao abandono, atribuindo-lhe carta de foral, em abril de 1226. D. Afonso III, em novembro de 1269, concede nova carta de foral, em Santarém, e D. Manuel I, no século XVI, cria nova carta de foral, datada de 10 de julho de 1514.
A ocupação ordenada de Alijó, iniciada nos séculos XII e XIII, atrai diversos representantes da nobreza e alta burguesia, com destaque para o Marquês de Távora, primeiro donatário de Alijó e seus termos. As gerações seguintes do marquês mantiveram-se senhores donatários do concelho, nomeadamente durante as dinastias Joanina, Filipina e parte da Brigantina, até ao reinado de D. José. Suspeitos de estarem envolvidos na tentativa de assassinato do rei D. José I, os Távoras foram executados.
Esta ocupação de nobres e burgueses tornou Alijó um concelho rico arquitetonicamente, de que são exemplo diversos solares, casas senhoriais, igrejas e capelas existentes nas diversas freguesias.
Inserido na Região demarcada do Douro, o concelho de Alijó assume-se maioritariamente rural, sendo o principal suporte económico a cultura vitivinícola, a par da pastorícia.
Com uma geografia heterogénea, Alijó revela duas zonas agrícolas distintas. A norte, uma área mais agreste, com predominância da cultura de azeite, cereais, leguminosas, batata e amêndoa. A sul, a área duriense, repleta de vinhedos e socalcos, onde a uva é senhora.
Website Câmara Municipal: www.cm-alijo.pt
Carrazeda de Ansiães situa-se entre os rios Douro e Tua, no extremo sul do distrito de Bragança. Com uma área aproximada de 282 quilómetros quadrados, é considerada terra “de contrastes bem marcados na paisagem, nas formas de viver; nas actividades humanas e no imaginário colectivo”.
O concelho, que nasceu Ansiães e que só no século XVIII passou para Carrazeda, foi povoado durante séculos, existindo, actualmente, vestígios das diversas ocupações, de que são exemplo antas, pinturas rupestres e fragas das ferraduras, ilustrativas da pré-história, do período Neolítico.
Tal como em todo o território nacional, também os romanos deixaram marcas da sua presença em Carrazeda de Ansiães, nomeadamente mosaicos, capitéis, bases, fustes, estuques com relevo, entre outras, com destaque para vestígios de troços de vias romanas.
No século XI, o rei leonês Fernando Magno outorgou a carta de foral à vila de Ansiães, fixando as suas fronteiras, sendo um foral anterior à nacionalidade, o primeiro a ser atribuído a terras que actualmente pertencem a Portugal.
D. Afonso Henriques, D. Sancho I, D. Afonso II confirmaram Ansiães como vila, tendo o foral definitivo sido promulgado por D. Manuel I, em 1510.
Em 1734 o poder de Ansiães é transferido para Carrazeda, resultando Carrazeda de Ansiães, nomenclatura que preserva as raízes e história do concelho.
Carrazeda de Ansiães revela-se geograficamente como um território heterogéneo, assumindo as particularidades das encostas do Tua e do Douro e do planalto. Nos declives do Alto Douro predomina a vinha, da qual resulta a produção de vinho do Porto de excelência, existindo espaço para outras culturas, como amendoeira, oliveira, figueira, pessegueiro, trigo, pereiras, mel, entre outras.
Já o planalto de Carrazeda, ladeado de montanhas, apresenta culturas distintas, como centeio, batata, feijão, milho, maçã, sendo rico em pastagens, com gado bovino, suíno, caprino e ovino.
Caracterizado pela diversidade da paisagem, da qual resulta a diversidade agrícola, o concelho de Carrazeda de Ansiães, dos mais antigos historicamente, apresenta um vasto património natural e arquitectónico, emblemático da presença do homem ao longo de séculos.
Website Câmara Municipal: www.cm-carrazedadeansiaes.pt
Mirandela, cidade do distrito de Bragança, situa-se na Terra Quente transmonta, nas margens do rio Tua. Com uma área de cerca de 660 quilómetros quadrados, o concelho destaca-se pelo heterogéneo e valioso património arquitetónico e natural que possui.
Existem, em todo o concelho, vestígios de povoamento pré-histórico, exemplificado nos diversos monumentos megalíticos e castros, alguns reveladores da imensa atividade mineira de exploração de cobre, arsénio e ouro, praticada pelos povos da idade do bronze e perpetuada pelos romanos que deixaram também marcas da sua ocupação na região.
Em 1250, D. Afonso III concede carta de foral a Mirandela, tendo D. Dinis, em 1291, definido os primeiros limites geográficos do concelho em foral. Em 1884 Mirandela passa a ter as delimitações geográficas que vigoram atualmente e, cem anos depois, em 1984, Mirandela é elevada a cidade.
Para além da beleza natural, Mirandela assume-se como cidade jardim, em que o culto da flor está presente em todos os espaços. Situado na Terra Quente, agricolamente rica, o azeite é produto chave na economia do concelho, tendo os diversos produtores sido galardoados com os mais importantes prémios do setor, quer nacionais, quer internacionais. Mas a alheira tem também um papel preponderante no setor industrial da região, conhecida em todo o mundo e votada uma das Sete Maravilhas Gastronómicas de Portugal.
Banhada pelo Tua, Mirandela tem apostado no turismo, e muitos são os que rumam ao concelho transmontano atraídos pela beleza das suas paisagens e natureza, classificada pela UNESCO como Património da Humanidade.
A par dos valores naturais, os valores patrimoniais e culturais de Mirandela revelam a sua riqueza arquitetónica, ilustrada em distintos monumentos como o Palácio dos Távoras, do século XVII, o Palácio dos Condes de Vinhais, a antiga muralha da qual resiste ainda a Porta de Santo António, a Ponte Velha e muitos outros sítios que tornam Mirandela única no panorama transmontano.
Website Câmara Municipal: www.cm-mirandela.pt
O concelho de Murça localiza-se no centro oriental do distrito de Vila real, ocupando uma área de 171 quilómetros quadrados.
Apesar da origem de Murça se reportar ao período que antecedeu a nacionalidade, a autonomia municipalista é adquirida no século XIII, por D. Sancho II, que atribui foral em 1224. A carta de foral é revogada por D. Afonso III, em 1268, em 1304 Por D. Dinis e em 1512, por D. Manuel.
No século XX é criada a Comissão Administrativa Franquista, em 1908, que, sob orientação do Partido Regenerador Liberal, promove uma política local que conduz às primeiras eleições, que elegem o Padre João Ribalonga presidente, mantendo-se à frente do concelho até à implantação da República. Em 1911 foi eleita a primeira Comissão Municipal Republicana que passa a gerir os destinos do concelho de Murça.
O poder local acaba por sofrer alterações com o 25 de abril, sendo criada uma nova dinâmica de desenvolvimento autárquico e abertura democrática.
Atualmente com nove freguesias, o concelho de Murça abrange três áreas distintas da região transmontana, nomeadamente Terra Quente, Terra Fria e Zona Montanhosa, cada uma com as suas especificidades naturais, sociais e culturais, tornando o território heterogéneo.
A azeitona e a uva representam as mais importantes culturas da região, conhecida pela riqueza do seu azeite e excelência dos seus vinhos.
Website Câmara Municipal: www.cm-murca.pt
Localizado a sul no distrito de Bragança, no coração da Terra Quente Transmontana, o concelho de Vila Flor apresenta uma área de 272 quilómetros quadrados.
Denominava-se “Póvoa d’ Além Sabor”, sendo batizado de Vila Flor pelo rei D. Dinis, em 1286, aquando da sua passagem pela região. Em 1295 D. Dinis mandou erguer uma muralha em redor do burgo, com cinco portas, das quais hoje em dia existe apenas uma, o chamado Arco de D. Dinis.
Na Idade Média a ocupação ordenada do território foi florescente, com destaque para a implantação de famílias judaicas fugidas às perseguições europeias. A sua fixação conduziu ao desenvolvimento de diversas áreas, nomeadamente agricultura, comércio, indústria de curtumes e ourivesaria.
Em 1512, D. Manuel I atribui novo foral a Vila Flor, mas a sua política anti-judaica leva à expulsão dos judeus do concelho, restando, hoje em dia, vestígios dessa permanência no território, de que são exemplo ruínas de habitações e pedras da calçada de algumas ruas da vila.
O concelho de Vila Flor caracteriza-se por uma atividade agrícola fértil, devida em grande parte ao Vale da Vilariça, onde se produzem produtos de excelente qualidade.
A par da agricultura, estão sedeadas na região importantes empresas, como a Águas Frize e a Sousacamp.
Para além da riqueza histórica, de património, tradições, agrícola, Vila Flor é também um destino turístico de excelência, com diversos equipamentos à disposição do visitante.
Website Câmara Municipal: www.cm-vilaflor.pt
São considerados o segundo maior ator no sector hidroelétrico em Portugal, constituída por especialistas dedicados, empenhados em produzir energia com um impacto positivo no ambiente. Ambicionam a otimização económica dos seus ativos e alcançar a excelência técnica em termos de segurança e eficiência operacional. A Movhera, orgulha-se de manter e trabalhar nas suas centrais hidroelétricas com os mais elevados padrões de qualidade, segurança e integridade. No coração do vale do Douro, esperam contribuir para a economia local e para a preservação de um legado cultural e ambiental inspirador.
O Aproveitamento Hidroelétrico de Foz do Tua encontra-se numa região de paisagem protegida pela UNESCO, concebida de forma a minimizar o seu impacto visual, e entrou em serviço em 2017.
Saiba mais em: https://www.movhera.pt/mi/barragem-de-foz-tua